Páginas

Larissa Vitorino

Larissa Vitorino

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

3º ANO AULA 5 Bachianas Brasileiras n. 4 - Villa-Lobos

Aula 5 - Bachianas Brasileiras n. 4 - Villa-Lobos

Bachianas Brasileiras

·         Série de 9 composições para diferentes formações.
·         Bachianas – estilo de Bach (compositor barroco) – neoclassicismo.
·         Brasileiras – folclore – Nacionalismo.
·         Carater modal.


Bachianas Brasileiras n.4

  • Escrita originalemente para piano entre 1930 e 1941.
  • Ganhou versão orquestral em 1942.
  • Em 4 movimentos:
Prelúdio (Introdução) - Lento
Coral (Canto do Sertão) - Largo
Ária (Cantiga) - Moderato

Dança (Miudinho) - Muito animado


O texto abaixo foi retirado de Música Faz vol. 1 2ª Edição.

Ária (cantiga)
A Ária (cantiga) é o terceiro movimento da Bachiana n° 4. A aparição de um tema recorrente na cultura brasileira confere ao ouvinte o efeito de recordação, presente também em outras obras de Villa-Lobos. O ar de identificação pode ser percebido na Ária da Bachiana n° 4, através da utilização da canção folclórica conhecida.
Instrumentação: Piano
Métrica: binária
Gênero: Instrumental - Erudito (apesar da mistura de estilos como o Baião e a citação de um cantiga folclórica)
Andamento: Moderado (com oscilações)
Forma: intro A  A  B  B desenvolvimento   A  A  B  B coda (igual a intro)



Os recortes de texto abaixo foram retirados da Matriz da 3ª Etapa - PAS - CESPE - UnB.

Na construção de obras musicais, também é possível analisar essa perspectiva, considerando a produção musical como uma produção de um tipo de texto repleto de significados. É possível perceber nas músicas Triste partida, poesia de Patativa de Assaré musicada por Luiz Gonzaga, Geração Coca-Cola, interpretada pela banda Legião Urbana, A ponte, de Lenine e GOG, e Beijinho no Ombro, de Valeska Popozuda, estruturas musicais e/ou linguísticas que dialogam com estruturas ideológicas do seu tempo ou de outros tempos, como a Bachianas brasileiras nº 4 - Ária (Cantiga), de Heitor Villa-Lobos.

É preciso pensar a complexidade relacionada à configuração dos cenários contemporâneos a fim de compreender as possibilidades de inserção do Brasil nesse contexto. A presença do Brasil, no cenário internacional, pode ser avaliada desde o movimento do Modernismo, na primeira metade do século XX, período em que se consolidou a negação dos valores das estéticas anteriores, representada por variadas linguagens artísticas, com inspiração nos movimentos de vanguardas europeias.

Dentro do contexto do modernismo, uma outra linha de pensamento consiste na recuperação da cultura popular para compor nova estética e representação do caráter nacional. Isso pode ser exemplificado com as Bachianas nº 4, Ária (Cantiga), de Villa Lobos.

Ainda em relação à forma, temos as formas musicais, representação da estrutura de uma peça musical específica. Várias maneiras de combinar e produzir sons foram incorporados em formas musicais já existentes, surgindo novos experimentalismos observados nas músicas populares e nas músicas de concerto dos séculos XX e XXI. Alguns exemplos podem ser percebidos na obra Sagração da primavera, de Stravinsky; em Bachianas nº 4, Ária (Cantiga), de Villa Lobos;

As dicotomias, tradição e modernidade, urbano e rural, nacional e global, constituem construções de espaço e tempo e demarcam diferentes posições sociais. Por isso, é importante perceber as reinvenções dessas relações, como nas obras, manifestação popular brasiliense Seu Estrelo e Fuá de Terreiro; a obra Tropicália, de Caetano Veloso, e Samba de uma nota só, de Tom Jobim, O apanhador de desperdícios, de Manoel de Barro, e em Bachianas nº 4, Ária (Cantiga), de Villa Lobos.

As Bachianas nº 4, Ária (Cantiga), de Villa Lobos, buscam o equilíbrio no uso de materiais rítmicos e melódicos, tendo recebido arranjo de orquestra posteriormente.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

AULAS 4 E 5 2º ANO ENSINO MÉDIO

Aulas 4 e 5

O Cravo Bem Temperado livro 1 BWV 846 – Bach – P. 26
Nome – o que significa?
Cravo: instrumento de teclas.
Bem Temperado: escrito de acordo com o sistema temperado e consequentemente o sistema tonal.
        
Como é constituído?
24 Prelúdios e 24 Fugas em todas as tonalidades maiores e menores.

Obra com finalidade didática de grande importância histórica, contribuindo para a institucionalização do sistema tonal e sistema temperado.


Análise do Prelúdio e Fuga n.1 de O Cravo bem temperado vol.1 BWV 846 – Bach

Prelúdio n. 1
Prelúdio: Peça musical, escrita ou improvisada, que serve de introdução a uma composição vocal ou instrumental.


Qual a estrutura?
·       Acordes arpejados (as notas são separadas, não são tocadas simultaneamente; notas tocadas uma por vez; no caso deste prelúdio, as notas são feitas do grave para o agudo e há notas pedais) na tonalidade de C.
·       Sequência linear de acordes.
·       Polifônico ou contrapontístico.
·       Curiosidades – Gounod – Ave Maria.








Fuga
O que é?   (definição na página 24 – Música Faz vol 2, 2ª ed.)

Qual a estrutura?
·       Na tonalidade de C.
·       4 vozes ordem: contralto soprano tenor baixo.
·       Contraponto quádruplo.
·       Mais densa que o prelúdio.
·       Obs: Voz nesse caso é o mesmo que linha melódica.




OBS: Os textos abaixo foram retirados da Matriz da Segunda Etapa, CESPE, UNB, PAS
Disponível em:

No mundo ocidental, de tradição europeia, surge a concepção da autoria individual. A Arte como um campo específico do saber ou saber fazer, sujeito às suas próprias regras e  delimitações, delineia-se e cresce com a participação de sujeitos especializados, os  artistas, assim reconhecidos. De certa forma, “saber”, em música, na tradição europeia, está  fortemente ligado a saber/conhecer essas regras e delimitações, nomeá-las e saber aplicá-las. Conforme essa tradição, há duas dimensões bem delimitadas: a teoria e a prática. A figura do compositor assume posição fundamental para a produção das obras eruditas. Um compositor como Carlos Gomes (O Guarani), tem seu contexto e existência peculiares, ligadas à tradição escrita da música europeia. Carlos Gomes foi reconhecido na Europa como um compositor que seguiu muito bem essas regras, ganhando notoriedade e fama.
Obras musicais como V Sinfonia, em Dó Menor - primeiro movimento, de L. Beethoven, Prelúdio e fuga nº 1, em Dó Maior, de J. S. Bach, Odeon, de Ernesto Nazareth, Eleanor Rigby, dos Beatles, Billie Jean, na versão de Caetano Veloso, e Em plena lua de mel, interpretada pelo grupo Pedra Letícia, ilustram aspectos importantes dessas questões.

Qual o papel do artista, do indivíduo que participa do mainstream[L1]  ao trazer questionamentos éticos em suas obras? Como o gênero pop/rock, um estilo importante na indústria do rock e sua participação na sociedade de consumo, pode se apresentar com questionamentos éticos a esse respeito?
Ao ampliar o contexto em foco, estão postas questões relativas à figura do artista como agente de mudanças sociais, e as suas produções culturais como significantes dessas mudanças. Obras como V Sinfonia, em Dó Menor - primeiro movimento, de L. Beethoven, Prelúdio e fuga nº 1, em Dó Maior, de J. S. Bach, Eleanor Rigby, dos Beatles, e Em plena lua de mel, na versão do grupo Pedra Letícia, permitem reconhecer essas questões.

Assim, cabe indagar: como o artista participa dessas mudanças sociais? Como a sociedade vê a criação artística? Quais as ações e reações da sociedade diante da produção artística? Qual a relação entre os movimentos tecnológicos e filosóficos e o desenvolvimento de novos processos de criação?

No campo da música, podemos perguntar como os elementos ou materiais sonoros [1] podem ser transformados e organizados, criando expectativas e surpresas que levam a reconhecê-los como música, ou seja, como produção social e cultural humana. No Canto IV de I-Juca Pirama, alternam-se versos longos e curtos para provocar a impressão do toque de tambores do ritual indígena apresentado. Em Prelúdio e fuga nº 1, em Dó Maior, de J. S. Bach, pode ser observada a organização do material sonoro conforme repetições e desenvolvimento de temas musicais.
Na música, por exemplo, em contraposição à utilização de instrumentos acústicos, cuja produção sonora depende exclusivamente de variações em propriedades ondulatórias dos instrumentos físicos, como frequência, período e pressão do ar, por exemplo, surge a possibilidade de utilização de outros fenômenos oscilatórios, como a variação de campos eletromagnéticos para produzir novos instrumentos musicais e uma nova estética.

Combinações de frequência, intensidade, densidade, duração e cor produzirão músicas de diferentes estilos, tipos e gêneros. Entre as diversas possibilidades de combinação de frequência, ressalta-se a utilização da tonalidade maior no Prelúdio e Fuga nº1 em Dó Maior BWV 846 do Livro 1 do Cravo Bem Temperado de J.S.Bach e da tonalidade menor no primeiro movimento da sinfonia número 5 de L.V. Beethoven

Essa contraposição entre instrumentos acústicos e elétricos - como a comparação entre as obras Prelúdio e Fuga nº1 em Dó Maior BWV 846 do Livro 1 do Cravo Bem Temperado de J.S.Bach e a V sinfonia de Beethoven exclusivamente acústicas - com obras com variação entre o acústico e o elétrico -  como Tribunal do Feicebuque, Santuário ou 3ª  Pessoa do Plural - pode revelar importantes aspectos das ondas mecânicas estudados na Acústica, como timbre, intensidade sonora, harmonia, reverberação, eco, entre outros.
Na obra de Bach, como exemplo o Prelúdio e fuga nº 1, em Dó Maior, pode-se observar a presença de tradições musicais europeias, especialmente a influência contrapontística germânica de compositores que antecederam Bach, e que construíram grande parte da história da música ocidental.
No Prelúdio e fuga nº 1, em Dó Maior, de J. S. Bach, a organização formal é muito importante. A fuga consiste em um tipo de polifonia baseada em um tema musical e nas subsequentes variações deste tema, que é distribuído por diferentes  vozes.

A diversidade de timbres relaciona-se tanto com os materiais físicos quanto com a forma como esses são utilizados. Ao longo do tempo, materiais e o seu emprego nas fontes sonoras têm definido diferentes tipos de criação e interpretação musical, como podemos observar nas músicas de distintos tempos e espaços como Prelúdio e Fuga nº1 em Dó Maior BWV 846 do Livro 1 do Cravo Bem Temperado de J.S.Bach, a 5ª Sinfornia de Beethoven (Op.67), Odeon, Terceira Pessoa do Plural, Santuário, Tribunal do Feicebuque. Em Eleonor Rigby, na versão original interpretada pelos Beatles, podemos verificar a escolha de instrumentos não convencionais ao rock, gerando expressão e impacto cultural.





 [L1]Pronúncia: meins...
Tradução: corrente principal – tendência dominate